Brasil mobilizado

Pai e madrasta de Isabella deixam carceragem

em São Paulo.

O pai e a madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, que morreu ao ser jogada de um prédio na zona norte de São Paulo, deixaram as delegacias onde estavam presos na tarde desta sexta-feira, 11/4.

Na manhã desta sexta, o desembargador da Justiça de São Paulo Caio de Almeida concedeu habeas corpus ao casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, detidos há mais de uma semana. O desembargador determinou a liberação do casal com base no fato de que os dois não oferecem dificuldades na investigação da morte da menina Isabella Nardoni.

INVESTIGAÇÃO EM CURSO

A polícia de São Paulo enfrenta contradições nas investigações da morte de Isabella. Em depoimento na quinta-feira, o porteiro do prédio contradisse a versão do pai da criança, Alexandre Nardoni. O porteiro afirmou que pediu a um morador do primeiro andar, que já havia sido síndico do prédio, para fazer chamar o resgate. Anteriormente, Alexandre havia dito ter sido ele o autor do pedido.

A quebra do sigilo telefônico do apartamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá revelou que o primeiro telefonema para o centro de comunicação da Polícia Militar partiu de um vizinho do Edifício London, às 23h49 e 59 segundos. Enquanto este telefonema estava em curso, no apartamento dos Nardoni houve uma ligação para o pai de Anna Carolina. Em seguida, aconteceu outra ligação, também curta, dessa vez para o pai de Alexandre Nardoni. Não há registro de qualquer ligação do pai ou da madrasta de Isabella para a central. O advogado de defesa do casal, Marco Polo Levorin, afirmou que eles não chamaram o resgate por terem sido avisados pelo vizinho que isso já teria sido feito.

O porteiro afirmou que só depois que ele pediu ao vizinho do primeiro andar que telefonasse, é que Alexandre Nardoni chegou ao local onde estava Isabella. O pai da menina estava sozinho quando chegou ao térreo. A madrasta apareceu minutos depois.